O Menino e a Garça.

Ontem assisti O Menino e a Garça. Quando eu estudava cinema e queria assistir um filme do Miyazaki, tinha que atravessar São Paulo, pegar dois ônibus e metrô para chegar no centro de São Paulo, encontrar um cinema de arte naquele circuito Cinesesc - Espaço Itaú que ainda era Espaço Unibanco na época. E, ao chegar lá, assistir praticamente uma sessão sozinha. Então, o primeiro nózinho da minha garganta que veio nesse filme foi ver a proporção que o Miyazaki tomou. Claro que Óscar e prêmios da indústria ajudam muito, mas eu acho que não é só isso. É como que um cinema de contemplação – algo artesanal - que ele faz consegue tocar as nossas almas, mesmo hoje, enquanto tudo está muito rápido. Inclusive, vi críticas na internet dizendo que um filme do Miyazaki dá sono, porque ele tem um ritmo lento. Para essa pessoa convido a rever um pouquinho os filmes que você está assistindo e a refletir o quanto que Hollywood não te contaminou. Esse ritmo que você está acostumado...