A Marvel e seu desafio de Adaptação

 



A Marvel enfrenta um desafio criativo enquanto mantém seu sucesso nas bilheteiras. A marca continua a arrecadar milhões, mas a percepção do público está mudando. Após a pandemia, a Disney exigiu mais produções para o Disney+, resultando em uma avalanche de filmes e séries. No entanto, a qualidade sofreu, especialmente nas séries.

Kevin Feige, o produtor por trás do sucesso da Marvel, enfrentou dificuldades ao supervisionar tantas produções. O universo conectado, uma fórmula que funciona nos quadrinhos, nem sempre se traduz bem na tela. O exemplo mais evidente disso é a série "Invasão Secreta".

Além disso, a fadiga do universo Marvel afeta novos fãs que precisam de imersão para entender o que está acontecendo. A morte de personagens-chave, como Tony Stark, privou a Marvel de seus principais astros.

O que isso nos ensina como escritores? Enquanto o público dos quadrinhos está acostumado ao eterno vai-e-vem de personagens, o público do cinema se apegou aos seus astros. O ator ficou atrelado ao personagem. 

Em Invasão Secreta percebi algo que acontece muito: o trailer era melhor do que a série. O trailer prometeu uma pancadaria de alta qualidade e a série se arrastou, matou mais um personagem amado e transformou Nick Fury em um velhinho sem graça. Muitos episódios para pouca história. O trailer foi no âmago da história, música boa e a promessa de um retorno de alta qualidade. 

Isso só quer dizer que o roteirista do trailer entendeu mais o público do que o roteirista da série.  

A era dos super-heróis não está chegando ao fim, mas a Marvel precisa se adaptar e entender que quadrinho não é filme que não é o mesmo que série. Enquanto o objetivo foi fazer muito material para segurar as pessoas na frente do streaming, ela pode estar se condenando a irrelevância. 

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