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Mostrando postagens de julho, 2023

Malhando com Ódio - Semana 3 e 4

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Algo incrível aconteceu. E o mais incrível ainda é que tem a ver com a rotinha de exercícios. Estou escrevendo algumas aulas voltada para escrita criativa. Desde o começo do mês resolvi investir nas minhas habilidades em comunicação e roteiros e estou montando uma série de aulas para a mentoria. As primeiras aulas foram voltadas para o autoconhecimento e como isso ajuda no storytelling, em como nos conectamos pela emoção com os leitores. Para dar exemplos disso, contei sobre minha infância. Eu fui a primeira criança da minha geração na minha família. Até meus três anos eu era muito paparicada, era a lindinha, a gracinha. Me davam muitos presentes e até ganhei um cachorrinho. Era tudo lindo até quando fiz quatro anos e minha irmã nasceu. Ela nasceu o meu oposto: loirinha, com o cabelo liso, bochechas vermelhinhas. Eu, tinha meu cabelo cheio, alto, parecia a Cher ou Gal Costa, branca feito um fantasma. Se fosse apenas a aparência, acho que teria sido menos traumático, mas ela nasce

"Namastê, Porra!": Minha Jornada de Autoconhecimento e Descrença

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 Hoje eu vim compartilhar com vocês uma experiência única  que tive ao escrever o livro "Namastê, Porra!". Sim, esse é o nome mesmo, e vocês vão entender o porquê! Preparem-se para embarcar na minha jornada de autoconhecimento, cheia de sarcasmo e reflexões. Me envergonho de ter entrado em um relacionamento abusivo, mas me senti aliviada ao conseguir sair dele. O esforço e o desgaste para sair de uma armadilha dessa é quase incapacitante. Eu me vi sem amigos, com pessoas tomando cuidado ao falar comigo, percebendo minha confusão mental e fragilidade depois de muitos anos de gaslight e abuso financeiro e psicológico.  Eu saí do relacionamento, mas não sabia mais quem era, não tinha com quem conversar e não sabia para qual lado ir para me reerguer. Inconscientemente, eu busquei algumas terapias (por conta de ansiedade e ataques de pânico) que me ajudaram a entrar em contato comigo mesma e me reencontrar demais de um turbilhão de emoções desconexas.  Eu não sou uma pessoa muito

Malhando com Ódio - A segunda Semana

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  Dia 8 Como esperado não consegui colocar os pés na academia hoje. Acumulei uma demanda muito grande de clientes e hoje era a data limite para atendê-los. Como deixei tudo friamente calculado, hoje seria dia de descanso dos músculos e deveria fazer apenas um aeróbico. Segundo o detector de passos do meu celular, andei  onze quilómetros e trezendo metros durante as vistorias. Nada muito puxado se levar em consideração que essa distância foi diluída entre as 8h até as 17h. Enquanto sentei no ônibus para cobrir a maior distância entre Itaquera e São Mateus, aproveitei para almoçar um pão com ovo, afinal, o orçamento está apertado e não teria tempo para sentar e comer um prato feito em algum restaurante de higiene duvidosa. Não que comer um lanche no ônibus seja um exemplo sanitário. Comendo meu modesto pãozinho e pensando na quantidade de proteína que estava ingerindo (não faço idéia se está certo para o treino) me veio a voz do meu pai. Do nada. Ecoando na minha cabeça com seu d

Lições Aprendidas

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Hoje, sinto a necessidade de reiniciar minha vida. Pouco antes da pandemia, enquanto me aventurava no mundo da arquitetura e urbanismo, ouvi de pessoas próximas e queridas que eu tinha muito talento para o meu trabalho. Diziam que eu poderia "vencer na vida" sendo arquiteta, afinal, era honesta e sempre faria tudo certinho. No entanto, meu ramo de trabalho envolvia a aprovação de projetos na prefeitura e eu sempre me deparava com funcionários públicos corruptos que pediam dinheiro para "acelerar" a aprovação dos projetos. Sempre neguei e meus processos demoravam ANOS para ter algum andamento. Sempre me senti injustiçada por não ceder ao esquema de corrupção. Meus clientes ficavam insatisfeitos com a demora e eu me sentia a pior profissional do mundo. Sentia-me sobrecarregada com a quantidade de trabalhos paralisados e não pegava novos projetos até que os anteriores fossem liberados. Até que surgiu uma garota que me propôs uma sociedade. Eu faria as plantas e ela fic

Nunca Abra a Mão da Liberdade de Ser quem Você é.

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Eu acredito que devemos ser livres para fazer o que gostamos. Sou a favor de rever nossa rotina e focar no que nos dá prazer e diminuir o volume daquilo que nos causa algum tipo de atrito. Sei que isso é um ponto de vista que poucas pessoas podem ter, pois a maioria das pessoas em nossa sociedade não tem a possibilidade de escolher com o que vai trabalhar ou se vai conseguir trabalhar. Somos poucos e somos muito privilegiados por ter a consciência do lugar em que ocupamos. Penso que rever nossa relação com o trabalho é uma maneira de contribuir para que toda a cadeia produtiva mude, começando conosco: poucas privilegiadas que questionam sua própria felicidade. No meu ponto de vista, quando as mulheres não aceitarem mais cargas horárias massacrantes, jornadas triplas (trabalho, mãe e dona de casa) e se voltarem para seus projetos pessoais, elas vão poder inspirar outras mulheres a se olharem também. Isso não é só uma falácia do movimento feminista, afinal, todes passam por isso. Ir cont

Malhando com Ódio - A primeira semana

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  Dia 1 Fiz a matrícula com pouca disposição. Fui em uma academia que é relativamente perto de casa e espero que a distância não me desmotive. Escolhi esse local específico por ser famoso por ter pessoas empenhadas com a malhação. Talvez olhar a bunda durinha de uma blogueira fitness vinte anos mais nova me motive pela inveja. Não tenho certeza. Ao chegar fui encaminhada para a sala dos iniciantes. Muitos velhinhos e adolescentes que estavam claramente precisando de ajuda. Só não me senti constrangida porque o professor me deu bastante atenção, perguntou sobre meus joelhos (um com condromalasia e outro com tendinite) e me passou uma série relativamente leve. Os dez minutos de bike como aquecimento já fizeram minhas coxas gritarem. A carga estava pequena, mas tinha que fazer um certo esforço. Me questionei o quanto estava sedentária logo alí. Os equipamentos de musculação em si eu até lembrava como funcionavam. Também lembrei da sensação degradavel de queimação nos músculos infe